Se perguntarmos aos adolescentes que conhecemos, quantos gostam de fazer faxina em seus quartos, dificilmente encontraremos um que goste. Contudo o problema da limpeza não está restrito apenas àqueles que não gostam de fazê-la, o que inclui alguns adultos também, mas podemos dizer que um outro problema está no fato de não querermos jogar fora aquilo que já não tem utilidade alguma, nem mesmo utilidade histórica. Geralmente toda casa tem o seu quartinho dos entulhos, onde guardamos o que não precisamos, mas que achamos que um dia vamos precisar.
A santificação é o processo de nos despirmos da velha natureza humana para nos vestirmos da nova natureza, excluindo tudo o que não condiz com a vida cristã. Todavia, assim como em nossas casas, temos a mania de deixar um lugarzinho para as coisas inúteis. Por isso ao tratar deste assunto Paulo nos diz que devemos exterminar as nossas "inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria" ainda nos aconselha a nos despojar "também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca; não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos" e nos encoraja a nos vestir "do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou" (Colossenses 3. 5,8-10).
Todo este processo de limpeza espiritual tem uma condicional: "Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo" (Colossenses 3.1). Para Paulo o novo nascimento leva-nos naturalmente a vivermos uma vida diferente. Para isso ele nos dá duas dicas: 1 Pensar nas coisas do alto; 2 buscar as coisas do alto.
O problema da limpeza não está somente em não gostar de fazê-la, ou não fazê-la, mas também em fazê-la de forma incompleta.
Pensemos e busquemos as coisas do alto, exterminando as nossas inclinações terrenas sem deixar um cantinho sujo onde possa criar teias de aranha espirituais.
Roosevelt Arantes da Silva, pr
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